Especialização em Agroecossistemas no Centro de Ciências Agrárias

29/05/2019 14:43

Especialização em Agroecossistemas inicia na UFSC em parceria com Incra

(fonte: Assessoria de Comunicação Social do Incra/SC)

A agroecologia e a reforma agrária voltaram ao centro do debate acadêmico na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nesta segunda-feira (27), durante o evento de abertura da Especialização em Agroecossistemas desenvolvida pelo Centro de Ciências Agrárias (CCA) em parceria com o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), do Incra.

Esta é segunda edição da especialização no CCA, que também já formou 4 turmas de mestrado voltadas à formação profissional nos assentamentos. “É fundamental essa parceria de longa data com a UFSC, que tem dado resultados profícuos na transformação de vidas no campo”, comemorou o chefe da Divisão de Desenvolvimento do Incra/SC, Daniel Tadao Yamamoto.

As coordenadoras do curso, Profª Drª Marlene Grade e Profª Drª Valeska Nahas Guimarães deram as boas-vindas aos 40 educandos vindos de 13 estados brasileiros para início da primeira etapa do curso, que terá 15 dias de duração. Também presentes no evento, o diretor do CCA, Prof. Dr. Walter Seiffert e o chefe do Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural, Prof. Dr. Ricardo Kazama, disponibilizaram toda a estrutura e corpo docente do centro para que os alunos aproveitem ao máximo os dois anos da especialização.

Para Marília Gaia, coordenadora do Laboratório de Educação do Campo e Estudos da Reforma Agrária (LECERA), “o momento é fruto de uma bonita história da pós-graduação dentro de um centro de excelência que muito tem contribuído para a formação dos sujeitos da reforma agrária”. Representando os movimentos sociais, Daniel Sanchez Pereira também comemorou o curso e sua temática. “Quero destacar a relevância de se fazer pesquisa dentro da agroecologia, resgatando os saberes da população do campo”, disse.

Agroecologia e soberania alimentar

Após a mesa de abertura, o público acompanhou palestra do Prof. Dr. Leonardo Melgarejo, membro da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-Agroecologia). Ele destacou a importância da biodiversidade para a manutenção da vida em contraposição ao uso disseminado de agrotóxicos no Brasil, que tem contribuído para a queda da fertilidade do solo, causado intoxicações e doenças, contaminado a água e gerado dependência do produtor para aquisição de sementes e defensivos de poucas empresas que detêm o monopólio mundial.

A natureza tem sua resiliência associada à diversidade e estamos perdendo isso para poucas espécies. (…) Não existe domínio de espécies campeãs, somente quando usamos armas químicas e biológicas, numa guerra de humanos contra a natureza… E não há futuro nessa guerra”, destacou. Para Melgarejo, é preciso “produzir ciência para o bem da humanidade” e isso significa romper com mitos e difundir a ideia de que todos os organismos vivos são constituídos pela mesma base genética, ou seja, se a natureza padece, não há vida possível também para o ser humano.

Acesso em: http://www.incra.gov.br/noticias/especializacao-em-agroecossistemas-inicia-na-ufsc-em-parceria-com-incra

Foto: Assessoria de Comunicação Social do Incra/SC

Foto: Aline Cardozo Pereira – Secretaria do CCA

Foto: Aline Cardozo Pereira – Secretaria do CCA

Foto: Aline Cardozo Pereira – Secretaria do CCA

Foto: Aline Cardozo Pereira – Secretaria do CCA